sexta-feira, 3 de agosto de 2012


Saudades,
Saudades do tempo em que as músicas
Me diziam alguma coisa,
Além de notas melancólicas
Flutuando no ar
Que o vento levou
Que a brisa afastou
... que de mim se perdeu.

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Neons azuis e vermelhos turvados pela constante garoa fina, reparo nos inúmeros desamores de corpos cansados, de copos vazios, sentimentos vazados... Gostos amargos na boca seca de almas recosturadas, um sax ao fundo cantando tangos argentinos, mais rasos que as entranhas da terra.
Constantes olhares de sórdido desgosto, de amargo calor humano, consumidos pela necessidade carnal da constante embriaguês... Triste sonho de um verão chuvoso, uma fúnebre vida em preto e branco e finalmente a perícia imunda de conseguir passar despercebido pelo olhar opressor de uma lua sempre vigilante...

Não é uma cidade, era um coração.